Trata-se de um edifício com uma divisão de 3 salas comuns, separados por um corredor grande, 7 quartos, uma casa de banho, uma cozinha, uma dispensa, três varandas, uma por cada lado principal. O edifício tem alguns quartos subterrâneos, que suspeita-se terem sido construídos para servir de refúgio durante a luta de libertação, e as nossas fontes afirmam que até hoje não fora possível acessar a esses quartos.
Este edifício foi construído, segundo a nossa fonte, entre os anos de 1942 a 1946 pelos portugueses, com a finalidade de abrigar a primeira Administradora portuguesa e o seu elenco, que chefiava o distrito de Muecate e um pouco do distrito de Mecuburi. Ela era chamada de MUHANO, que significa uma pessoa respeitosa e de grande valor na sociedade. E pelo tipo de planta da sua construção, este edifício chamava-se de MUACO, em língua emakwa, que significa montanha, pelo facto de a a sua cobertura ser em formato do cume de uma montanha. Assim, quando os residentes visitavam a residência, diziam que vão ao MUACO MUHANO.
Depois da Independência de Moçambique em 1975, o edifício foi habitado entre 1977-1980, tendo sido depois abandonado. Segundo o actual Régulo da comunidade, há relatos de que o edifício esteja amaldiçoado por maus espíritos, razão pela qual ninguém consegue habitar. O edifício encontra-se neste momento em estado muito crítico, quase esquecido e arruinado.
Escrito por José Alácio para Tsevele